5 de julho, Dia Internacional do Cooperativismo: entenda a dimensão e o impacto econômico das cooperativas no Brasil

O ano de 2025 foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas. No Brasil, elas são mais de 4.500.

No dia 5 de julho celebramos o Dia Internacional do Cooperativismo, uma data que foi oficializada e destacada globalmente pela Organização das Nações Unidas em 1995, para reconhecer o movimento cooperativista e seu impacto na solidariedade, igualdade e desenvolvimento sustentável. Este ano, a celebração ocorre em um contexto ainda mais relevante: 2025 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, com o tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”. A iniciativa visa destacar o papel das cooperativas no avanço da Agenda 2030 e no fortalecimento da coesão social.

• A força do cooperativismo no Brasil

Dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024 revelam o tamanho desse impacto. O país conta com 4.509 cooperativas ativas, espalhadas por 1.398 municípios; São 23,45 milhões de cooperados – cerca de 11,5% da população; As cooperativas geram 550.611 empregos e movimentam um volume financeiro de R$ 692 bilhões.

Das cooperativas brasileiras, cerca de 700 são de crédito, atendendo mais de 17 milhões de pessoas — usadas por 57% dos municípios — e com expressivo crescimento dos ativos no ramo.

• Economia do Cooperativismo: um modelo de impacto coletivo

O modelo cooperativista de crédito alia propósito econômico a impacto social. Estudo da FIPE em parceria com o Sistema OCB mostrou que cada R$ 1,00 concedido por cooperativas de crédito gera R$ 2,56 em atividade econômica local. Além disso, onde há essas cooperativas, o PIB per capita municipal aumentou, em média, R$ 3.852 por habitante, cerca de 10% da média nacional.

Esse “multiplicador cooperativo” — ou Economia do Cooperativismo — reflete o impacto direto dos princípios cooperativos: participação econômica dos membros, gestão democrática e foco na comunidade. Sediada em Florianópolis, mas com atuação em todo o território nacional, a cooperativa de crédito CredCrea, trabalha em sintonia com os valores de desenvolvimento das comunidades em que tem presença física: 20 cidades localizadas nos três estados do sul. A cooperativa, que emprega mais de 200 profissionais, há mais de 20 anos, oferece serviços financeiros para profissionais de engenharia e arquitetura e se orgulha em demonstrar a economia que gera, oriunda de práticas como tarifas reduzidas e aplicação de juros abaixo do mercado, conforme estudo do Sistema Ailos e baseado em dados do Banco Central:

• R$ 106.327.630 em taxas de juros;

• R$ 3.776.509 em tarifas;

• R$ 273.784 em produtos e serviços

• R$ 8.189.557 em rentabilidade nas aplicações;

• R$ 11.999.616 em destinação de resultados.

Os números somam um total de R$ 130.567.097, uma economia média por cooperado de R$ 3.890,00.

“Um valor que permanece nos Estados em que atuamos e que não vão para o bolso de um grupo minoritário de acionistas, podendo ser usado para aquisição de produtos ou serviços locais, fazendo a roda da economia girar”, comenta o

engenheiro Gelásio Gomes, presidente do Conselho de Administração da

CredCrea. Se considerarmos o Sistema Ailos, do qual a CredCrea faz parte, a economia chega a R$ 3.692.316.594. O sistema Ailos engloba 13 cooperativas e está presente em mais e 120 municípios. “Esses resultados traduzem um círculo virtuoso das cooperativas: investimento responsável, retorno compartilhado e olhar social”, conclui Gomes.