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Ano Internacional das Cooperativas: somos protagonistas!


Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)

Declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, 2025 inicia com um cenário que mistura preocupação e otimismo. No Brasil, a ameaça de recrudescimento da inflação e até de recessão técnica está na pauta do Governo e do setor produtivo. Nesse contexto, valorizam-se o papel do cooperativismo como parte da agenda estratégica do país, os diferenciais das sociedades cooperativas e seu  impacto para o desenvolvimento das microrregiões.


O Ano Internacional das Cooperativas realça a atuação dessas sociedades no combate à fome, na garantia da segurança alimentar e na melhoria da nutrição no Brasil e no mundo, principalmente por meio de uma produção agropecuária sustentável.


 Parte dos desafios das cooperativas para se empreender no Brasil, assim como das empresas em geral, está relacionado à busca por um ambiente de negócios favorável, o que significa criar uma contextura de previsibilidade, estabilidade econômica, controle da inflação, infraestrutura e logística, qualificação profissional e políticas de incentivo social e econômico.


 O setor não quer privilégios, mas, como já demonstrou a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), é legítimo e necessário propugnar por justiça social e adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, legislações e políticas públicas de apoio e estímulo ao cooperativismo e a inserção do cooperativismo em novos mercados. O cooperativismo é um modelo societário que harmoniza o econômico e social, com forte presença do trabalho colaborativo e do esforço conjunto. Tudo emoldurado pelo senso de comunidade, transparência, sustentabilidade e integridade.


As cooperativas são parceiras na implementação de políticas públicas de inclusão financeira e produtiva, geração de renda, acesso a mercados e desenvolvimento regional e local, combate à fome, dentre outros importantes benefícios. Ou seja, o cooperativismo tem reconhecida relevância como modelo econômico sustentável e socialmente responsável.


Esse não é apenas um ideário romântico, mas age concretamente na vida do cidadão, como exemplifica o fato de 53% da produção de grãos do país passar por cooperativas; 71,2% dos produtores de cooperativas são da agricultura familiar que contam com mais de 8 mil profissionais dedicados à assistência técnica e extensão rural.


O Ano Internacional certamente permitirá novos avanços, como a modernização das estruturas de governança das cooperativas, o reforço de fontes orçamentárias, adequação de linhas de crédito oficiais para todos os segmentos do cooperativismo, garantindo a continuidade das atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista.


Outra inovação em tela é a adequação da legislação cooperativista para viabilizar investimentos externos nas sociedades cooperativas, com a manutenção da gestão societária nas mãos dos cooperados. Trata-se de um movimento consonante com atualizações legais internacionais e necessário para garantir que o crescimento e os novos investimentos do sistema cooperativo possam ser realizados dentro do próprio cooperativismo, sem a necessidade imperiosa da criação de novas estruturas não-cooperativas.


Enfim, no Ano Internacional, as cooperativas continuarão cada vez mais essenciais e protagonistas da jornada social e econômica do Brasil.


Fonte: Assessoria de comunicação - OCESC

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