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O cooperativismo e o equilíbrio indispensável à liderança

Luana Casali - Superintendente de Negócios da Unicred Vale
Luana Casali - Superintendente de Negócios da Unicred Vale

Falar em liderança hoje é falar de equilíbrio. Equilíbrio entre incentivar e cobrar, dar autonomia e orientar, olhar para o ser humano e garantir os resultados que a organização precisa alcançar.


Esse equilíbrio se torna ainda mais desafiador quando olhamos para o contexto atual: times multigeracionais convivendo lado a lado. Pessoas com idades, experiências e formas de entender o mundo diferentes. Muitas vezes, a palavra cobrar já não é bem recebida.


Vivemos uma realidade de tempos distintos dentro da mesma equipe: enquanto uns pedem urgência e foco, outros buscam mais espaço e leveza. E cabe ao líder navegar por essas diferenças, sabendo dosar incentivo e cobrança, às vezes até no mesmo dia.


Em minha experiência na Unicred Vale – cooperativa de crédito com atuação em Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Pará –, liderar um time comercial distribuído em quatro estados brasileiros amplia ainda mais esse desafio. Além das diferenças geracionais, temos a distância física, os contextos culturais próprios de cada região e a necessidade de criar um senso de pertencimento que una todos em torno do mesmo propósito.


Nesse equilíbrio, entendo que a liderança não pode se apoiar apenas em motivação, porque motivar sem direcionar gera dispersão. Da mesma forma, não pode se sustentar apenas em cobrança, porque cobrar sem inspirar desanima.

Mais do que isso: cobrar apenas por cobrar, apontar a falta de entrega sem se doar no processo, sem ser exemplo, sem dar condições reais e sem estar pronto a ouvir, não faz sentido. O papel do líder é exatamente o contrário: estar junto, dar suporte, fazer o que estiver ao seu alcance. Só então orientar para os resultados.

Mas também é verdade que só motivar, dar treinamento, investir e oferecer condições sem focar no resultado traz o risco da dispersão de energias. E aqui entra um ponto crucial. Em uma cooperativa, temos um compromisso com todos os nossos cooperados: entregar uma instituição sólida, correta, com resultados consistentes e um relacionamento de excelência.


No livro Execução: a disciplina para atingir resultados, o mestre da liderança indiano Ram Charan é enfático: líderes que não sabem executar, não sabem liderar. “A execução é uma disciplina e deve fazer parte da cultura da empresa. Sem ela, a visão é apenas um sonho”, afirma.


Vejo que é fácil perder a mão. Às vezes as organizações se concentram apenas em oferecer, em criar o “melhor ambiente possível”, mas esquecem da contrapartida do contrato de trabalho: o resultado. Essa via precisa ser de mão dupla. A boa notícia é que, quando existe a visão de uma construção coletiva, a cobrança se torna mais leve, porque o colaborador entende que está fazendo parte de algo maior.


No fim, liderar é justamente isso: equilibrar. É orientar com firmeza, motivar com propósito, e garantir que incentivo e cobrança caminhem juntos. Só assim a cultura floresce e o time segue unido, entregando valor real para quem mais importa: os cooperados. 


Fonte: Assessoria de comunicação - Unicred Vale

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