Cooperja aposta no cultivo de tangerinas para fortalecer fruticultura no Litoral Sul
- Editora Expressão
- 18 de ago.
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O cultivo comercial de tangerinas, ou bergamotas, como são popularmente conhecidas, ainda é raro no litoral sul catarinense. Mas a Cooperja, por meio de seu Pomar Cooperja e de sua equipe técnica, vem mudando este cenário e incentivando produtores a apostar na citricultura, especialmente na variedade Montenegrina.
A iniciativa surgiu para suprir a sazonalidade da unidade de recebimento de frutas da cooperativa, que buscava alternativas para manter as atividades no segundo semestre. Além da tangerina, já foram estimulados cultivos de abacate e amora-preta. No caso da Montenegrina, a colheita começa no final de julho e pode se estender até setembro, garantindo renda extra aos produtores em meses tradicionalmente de menor movimentação no campo, como ocorre com quem planta maracujá ou pitaia, concentrados no primeiro semestre.
O potencial da cultura foi apresentado em um Dia de Campo, realizado na propriedade do cooperado Vilmar Possamai Eufrazio, produtor tradicional de pitaia e entusiasta da fruticultura. Ele investiu em dois hectares da variedade e mantém outros 80 pés para testes e aprendizados técnicos, em parceria com a cooperativa. Mais de 20 produtores participaram do evento, que contou também com a presença de técnicos da Epagri.
A pesquisadora da Epagri, Dra. Luana Aparecida Castilho Maro, destacou a importância da compra de mudas sadias, alertando para doenças graves que podem comprometer os citros. Ela também abordou práticas de manejo e apresentou resultados de pesquisas realizadas pela Estação Experimental da Epagri em Itajaí (SC).
O encontro discutiu ainda preparo do solo, implantação de pomares, custos de produção e perspectivas de rentabilidade. O gerente do Pomar Cooperja, Délcio Macarini, apresentou estimativas econômicas, enquanto o assistente técnico, Diogo Semprebon, explicou práticas como raleio, poda e colheita.
Atualmente, a Cooperja contabiliza três hectares de tangerinas implantados, número que deve chegar a cinco hectares em 2026, com a meta de atingir 30 hectares no futuro. A produtividade esperada é de 25 toneladas por hectare, com preço médio estimado em R$ 2,85 o quilo.
Segundo Délcio, antes de dar início ao projeto, a equipe visitou a região de Montenegro (RS), referência na produção da variedade, onde as condições climáticas são semelhantes às do litoral sul catarinense. Os primeiros pomares foram implantados em setembro de 2024 e devem começar a produzir a partir do terceiro ano após o plantio.
Com os bons resultados iniciais e o interesse crescente dos produtores, a Cooperja acredita que a tangerina Montenegrina pode se consolidar como mais uma importante cultura para a diversificação e fortalecimento da fruticultura regional.
Fonte: Assessoria de imprensa - Cooperja
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